Rússia é acusada de Transformar Alimentos em Armas, afirma Presidente do Conselho da UE
O presidente do Conselho da União Europeia (UE), Charles Michel, fez declarações impactantes nesta sexta-feira, denunciando a Rússia por sua política que, segundo ele, está transformando alimentos em armas e prejudicando os mais vulneráveis. As palavras de Michel foram proferidas durante uma conferência de imprensa realizada em Nova Deli, capital da Índia, antes da reunião do G20 que acontecerá neste fim de semana.
Michel iniciou sua crítica enfatizando a necessidade de a Rússia permitir a passagem de navios carregados com bens materiais pelo Mar Negro, uma medida crucial para o fornecimento global de alimentos. Em resposta ao bloqueio russo, a UE tem implementado rotas alternativas de exportação por meio do que chamou de “Rotas de Solidariedade”.
O presidente do Conselho da UE não poupou críticas ao encerramento, por parte da Rússia, da Iniciativa de Cereais do Mar Negro em julho, descrevendo-o como “escandaloso”. Ele destacou que mais de 250 milhões de pessoas enfrentam a insegurança alimentar aguda em todo o mundo, e que a ação da Rússia, ao atacar os portos da Ucrânia, priva essas pessoas dos alimentos que desesperadamente aconteceram.
Charles Michel foi incisivo em sua repreensão, afirmando: “É francamente escandaloso que a Rússia, após ter encerrado a Iniciativa de Cereais do Mar Negro, esteja bloqueando e atacando portos marítimos ucranianos. Isso tem que parar.”
Além disso, Michel criticou a oferta do Kremlin de entregar 1 milhão de toneladas detalhadas de grãos à África, sugerindo-a de “absolutamente cínica” em comparação com os 32 milhões de toneladas de grãos entregues aos mercados internacionais orientados pelas Nações Unidas.
Para enfrentar essa crise alimentar global, a UE está intensificando seus esforços para fornecer rotas alternativas de exportação. Até o momento, já entregamos impressionantes 41 milhões de toneladas de análises de cereais, demonstrando seu compromisso em aliviar a pressão sobre o fornecimento global de alimentos e garantir que as pessoas mais vulneráveis tenham acesso aos recursos necessários para sobreviver. Essa crise alimentar, causada pela interrupção das exportações de grãos, é um lembrete alarmante da importância de um fornecimento global de alimentos estável e acessível a todos.