O Diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Paulo está profundamente preocupado com a manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na capital para o próximo domingo (25), principalmente à luz dos acontecimentos anteriores. Eles temem que o evento possa desencadear situações semelhantes às ocorridas em 8 de janeiro, o que levanta sérias preocupações sobre a estabilidade do Estado Democrático de Direito.
Em um comunicado dirigido ao Ministério Público do Estado (MP-SP) e assinado pelo presidente do partido em São Paulo, o deputado federal Kiko Celeguim, o PT solicitou medidas preventivas e investigativas. Eles pedem à Polícia Militar esclarecimentos sobre os procedimentos e o contingente que estará presente na manifestação, e também instam as autoridades a investigarem possíveis crimes, financiamentos irregulares e violações das leis eleitorais que possam surgir durante o evento.
O partido baseia sua preocupação no histórico de declarações e ações dos apoiadores de Bolsonaro, que têm clamado publicamente por intervenção militar e impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O fato de Bolsonaro mencionar em seu vídeo de convocação a intenção de se defender contra acusações recentes, possivelmente relacionadas aos eventos de 8 de janeiro, apenas intensifica essas preocupações.
Diante desses elementos, o PT teme que o evento do dia 25 de fevereiro possa ser utilizado para minar ainda mais o Estado Democrático de Direito e promover propaganda eleitoral antecipada. A presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no evento também é motivo de preocupação, dada sua posição como chefe da Polícia Militar de São Paulo, o que levanta questões sobre a imparcialidade das autoridades de segurança no controle da manifestação.